sábado, 13 de outubro de 2007

Jogos educativos

“Os jogos podem ser empregados em uma variedade de propósitos dentro do contexto de aprendizado. Um dos usos básicos muito importante é a possibilidade de construir-se a autoconfiança. Outro é o incremento da motivação. (...) um método eficaz que possibilita uma prática significativa daquilo que está sendo aprendido. Até mesmo o mais simplório dos jogos pode ser empregado para proporcionar informações factuais e praticar habilidades, conferindo destreza e competência” (Fernandes, 1995).
O jogo pode ser considerado como um importante meio educacional, pois propicia um desenvolvimento integral e dinâmico nas áreas cognitiva, afetiva, lingüística, social, moral e motora, além de contribuir para a construção da autonomia, criticidade, criatividade, responsabilidade e cooperação das crianças e adolescentes.
“Não há momentos próprios para desenvolver a inteligência e outros do aluno já estar inteligente, sempre é possível progredir e aperfeiçoar-se. Os jogos devem estar presentes todos os dias na sala de aula” (Rizzo, 1988).
Ao optar por uma atividade lúdica o educador deve ter objetivos bem definidos. Esta atividade pode ser realizada como forma de conhecer o grupo com o qual se trabalha ou pode ser utilizada para estimular o desenvolvimento de determinada área ou promover aprendizagens específicas (o jogo como instrumento de desafio cognitivo).
De acordo com seus objetivos, o educador deve:
􀂃 propor regras ao invés de impô-las, permitindo que o aluno elabore-as e tome decisões;
􀂃 promover a troca de idéias para chegar a um acordo sobre as regras;
􀂃 permitir julgar qual regra deve ser aplicada a cada situação;
􀂃 motivar o desenvolvimento da iniciativa, agilidade e confiança;
􀂃 contribuir para o desenvolvimento da autonomia.
Um jogo, para ser útil no processo educacional, deve promover situações interessantes e desafiadoras para a resolução de problemas, permitindo aos aprendizes uma auto-avaliação quanto aos seus desempenhos, além de fazer com que todos os jogadores participem ativamente de todas as etapas.
10
A utilização deste primeiro critério exige do professor uma avaliação do grau de interesse de cada aluno. O segundo item está intrinsecamente ligado ao primeiro, pois implica na análise das possibilidades deles avaliarem sozinhos o resultado de suas ações e o terceiro critério implica em saber a capacidade de envolvimento dos alunos no jogo; esta participação deve ser contínua, de cada jogador, seja agindo, observando ou pensando.
De posse destes conhecimentos, cabe ao educador explorar e adaptar as situações cotidianas do educando às atividades escolares, mas, para isto, é de suma importância que domine as idéias e os processos que deseja trabalhar, a fim de que o aluno possa construir seu próprio conhecimento e, mais do que isto, tenha consciência de que os jogos e atividades que propuser são meios para atingir seus propósitos e não fins em si mesmo.
Os objetivos indiretos que o jogo pode propiciar, segundo Passerino (1998), são:
􀂃 memória (visual, auditiva, cinestésica);
􀂃 orientação temporal e espacial (em duas e três dimensões);
􀂃 coordenação motora visomanual (ampla e fina);
􀂃 percepção auditiva,
􀂃 percepção visual (tamanho, cor, detalhes, forma, posição, lateralidade, complementação),
􀂃 raciocínio lógico-matemático,
􀂃 expressão lingüística (oral e escrita),
􀂃 planejamento e organização.
"Se o ensino for lúdico e desafiador, a aprendizagem prolonga-se fora da sala de aula, fora da escola, pelo cotidiano, até as férias, num crescendo muito mais rico do que algumas informações que o aluno decora porque vão cair na prova" (Neto, 1992).
Jogos Infantis

Nenhum comentário: